Entre as linhas...
A ideia há muito que vem a ser falada, a realização é nula. Portugal vive no seio da indecisão politica, e não só, no que se refere à realização do referendo para a despenalização do aborto. Já tarda, permitam-me. Hoje e sempre o aborto será um tema complexo, ambiguo e subjectivo, por essa mesma razão defendo, que, sendo uma democracia de Estado de Direito, Portugal deve ir às urnas, Portugal deve saber o parecer dos seus cidadãos. Tanto quanto isto, depois será hora de decretar, ou não, sobre a despenalização do aborto.
Sendo um tema onde não há haverá grandes consensos, defendo o «sim» por razões de ética, não defendo o aborto pelo o descuido, pela a irresponsabilidade. De facto, abortar é para todos os casos matar um 'ser', contudo, será justo uma vida nascer, procedente de um crime tão grotesco como a violação? Terá uma mulher que viver com esse crime sempre a seu lado?
As ideias, os argumentos, um pouco de tudo atropela-se quanto a esta questão, é tempo de fazer algo, creio.
Faltam-me demasiados argumentos para que a minha fundamentação fosse mais precisa, no entanto, deixo-vos o esboço.
ON
3 Comments:
Óla,em comentário a um tema tão complexo, o referendo é necessário sem dúvida, mas espero que desta vez não seja dinheiro deitado fora,como o ultimo em que a maioria da população achou por bem ir para praia em vez de cumprir com o seu dever cívico.
Em caso de violação o aborto está previsto na lei, como também as anomalias do feto e o perigo de vida da mãe. Beijinhos
30 October, 2006 17:03
Aqui não concordarei em nada contigo apesar de já ter ouvido/lido muitos, diria, bons argumentos para o "sim".
Primeiro penso que não se pode concordar com a despenalização por razões de ética, antes pelo contrário. A concordares terás de me apresentar razões sociais, estruturais, e até económicas... A nossa lei não é má, a maioria (e aqui penso que haverá mesmo maioria), é que pensam que é. A nossa actual lei prevê os casos de violação e prevê a deficiência do feto... não prevê a autonomia da mulher para o fazer indiscriminadamente, seja rica ou pobre.
Atenção também que o ministro da saúde dará especial atenção ao sector privado, ou seja, o sector onde só chegam os ricos, logo, o pressuposto de uma criança não vir ao mundo porque coitadinha não terá condições cai um pouco por terra. Também não me parece de louvar que o pai nada tenha a dizer, a suposta futura lei será feita para a mulher por isso imagina, porque pode acontecer a ti ou a um amigo, que queres ter o filho mas a tua companheira, mulher, amiga colorida, não quer...
Penso que a sociedade em geral não tem formação suficiente para "abarcar um sim", tal como já referi no meu habitueè os que podem vão continuar a poder só que tirar um filho passará a tema de café e, quiçá, passar a vir nas compras do mês. Deveriamos era incentivar políticas de natalidade isso sim.
Tal como se diz no filme da treta, o que nos falta é solidariedade, com isto um "baby" pode vir ao mundo em quaisquer condições mas há quem diga que isto... é pura demagogia, é pena!
01 November, 2006 23:52
Em resposta a dois comentarios de peso, nao se tratassem das minhas queridas irmãs, sou obrigado a dar um pouco, senão todo o braço a torcer. De facto, envolvi-me num tema do qual nem eu tenho uma opinião concreta, existem argumentos muito bons a fundamentar tanto o SIM, como o NÃO. Fiz uma abordagem muito ao de leve sobre um tema que, como disse, não tem consenso, muito ao de leve por não ter investigado intensivamente sobre tal e por também querer dar a minha opinião mais de acordo com os meus valores. Assumo a minha ignorância quanto à lei em vigor, de facto, dado que a lei prevê os casos que ambas envocam, a balança está novamente dividida por ter necessariamente que informar-me sobre os argumentos de cada lado.
Peço desculpa por alguma precipitação quanto a este assunto
Um beijinho para as duas ovelhinhas ;)
07 November, 2006 19:03
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