Sunday, November 16, 2008

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«A saudade não está na distância das coisas, mas numa súbita fractura de nós, num quebrar de alma em que todas as coisas se afundam» Vergílio Ferreira

ON

Desejo

'Mudam-se os tempos... mudam-se as vontades' e mudam-se ainda um não sei mais de coisas que Pessoa não referiu. Mudou-se tanto e só agora noto, mudou-se demais até.
Ergo o corpo adormecido ao mundo à espera de um sinal positivo por parte deste... levou tempo demais à espera, tempo esse em que o tapete queria fugir-me dos pés, tempo que parece querer prendar pela a minha espera. Traz-me uma ligeira brisa que lá ao longe parece trazer um vento, o vento da mudança, esse que faz mudar o rumo de até aqui e faz acreditar que agora é que vai ser. Sinto a brisa e de imediato levanto a face, quero saborear o que com ela traz, quero as coisas que tanto procuro... Ainda espero o vento, mas aguardo ansioso a sua chegada.
Quero-o

ON

Se...

Se hoje acordasse negativo...
Se hoje nada fizesse sentido...
Se hoje alguém te desse uma má noticia...
Se hoje não te visse...
Se hoje não sorrisses...
Se hoje as nossas mãos não se tocassem...
Se hoje os nossos lábios não sentissem a tentação de se juntar...
Se hoje nenhum de nós nos quisesse mutuamente...
Se hoje a tua voz não se ouvisse...
Se hoje não tivesse as tuas palavras...
Se hoje não...
... quereria com enormescas forças recuar ao dia em que sim, tudo isto foi possivel e que concordámos que haveria ser assim cada dia!

Palavras soltas à espera que se juntem e façam um todo.

ON

Saturday, November 15, 2008

Geração Cofidis


Titulo opcional, opções que se estendem pelas demais instuições existentes em mercado, no entanto ficará ao vosso tão nobre critério escolhê-lo.
Falo do presente que constato... que me impressiona, arrepia e abomina. A geração rasca desvaneceu e deu lugar a outra geração, esta, ainda mais rasca no sentido literal da palavra. Sou dos aureos anos 80, e hoje, na casa dos vinte vejo a forma como tudo se constroi e tudo se faz... vai-se fazendo ao sabor da Euribor. Adverto que não serei propriamente um guru no assunto o que, pelo o qual, me fará dar alguns pontapés financeiros, contudo, o sentido deste post deve-se ao aproximar de uma época festiva, ou, digamos de forma comercial, consumista, época de perdão, amor, reencontro e... claro está, prendas, não um presente a cheirar a lembrança porque até parece mal, mas sim PRENDAS, daquelas que se arrastam pelo o centro comercial, ocupam a bagageira do carro por completo que olhar pelo o retrovisor servirá apenas para se certificar se o penteado está conforme. .. no entanto, opções que não me estendo a julgá-las. Este periodo anual está no mesmo patamar do Agosto, talvez um pouco acima... a carteira está vazia, a ambição repleta. Num periodo de doze meses apenas dois são vividos por gozo.. os restantes dez? Sobrevive-se à conta do Natal e das férias. Eis que se toca em cheio na ferida, que dá titulo e razão a este desabafo. Num universo de, suponhamos, 100 pessoas... falo por mim e pelos restantes 97 em que não há dinheiro para consumo de grandes sonhos mas há, e sim, um vasto leque de 12 meses sem juros, 6 meses sem juros.. e até com juros quando não nos conseguem facilitar a coisa. Odeio créditos e digo-vos que odeio mesmo... já tenho dois cartões e a cabeça já começa a imaginar como seria suportável um empréstimo, no entanto a sociedade molda-nos, cria-nos necessidades, por vezes inexistentes, que terão que ser saciadas nem que para isso haja um débito directo na conta durante uma porrada de anos e eles, riem-se disso, gostam disso, precisam disso... e acabam por o ter de volta, está no contrato que nem sequer foi lido, apenas falado, mesmo com esta TAEG em que se os poderia acusar de roubo mas... o carro estacionado lá fora com um mês, o plasma da largura da sala, o PDA que me permite organizar a vida e ainda fazer umas quantas chamadas, vale cada percentagem de juro paga. Não censuro de todo, até já tenho dois, custa-me apenas a entender como se faz modo de vida assim, percebo que seja dificil enfrentar certos momentos na vida, não percebo é porque aquele casaco Carolina Herrera não poderá esperar por um momento melhor. Percebo também que 700 € seja insuficiente para pagar rendas, passes sociais, educação e afins... mas ai, o CH não entra nas contas, porque o cartão maravilhoso talvez sirva para pagar a EDP e ainda alguma alimentação do agregado.
Nesta geração basta apresentar BI, NIF, os três últimos recibos de vencimento e talvez um fiador e o mundo é possivel... quando não for, encontramo-nos no Banco de Portugal com mora, mas o que vale é que o plasma fica garantido para ver o Benfica.

O meu VISA é lindo!

Saturday, November 08, 2008

Palavras em vao e sem nexo

Hoje...nada faz sentido! O primeiro a de olhos abertos, ainda pela a cama... ate este momento, em que escrevo numa tentativa insane de me abstrair. Aqueles tao grandes males aparecem, com desconto de quantidade... ainda nao despachei um da minha cabeça, ja os outros apressam-se a entrar nela. A palavra esgotamento... tantas vezes usadas em tom de brincadeira, hoje ganham importancia, e Deus sabe como preferia que fosse a brincar. Farto, farto ao quadrado, ao cubo e por ai fora... quero aquela voz de apoio que está longe, nao a oiço... quero ouvir algo bom, oiço os meus medos, os meus podres. Quero paz... tenho a repleta insanidade!! 'O mal nao és tu... sou eu', serei certamente.
Procura-se: Auto-Estima; Paz; Felicidade; Sucesso; e tantas outras coisas.
Oferece-se: Um dia melhor, um momento melhor.
Candidato...

... estou para breve...

@ Chevelle - The Red