Geração Cofidis
Titulo opcional, opções que se estendem pelas demais instuições existentes em mercado, no entanto ficará ao vosso tão nobre critério escolhê-lo.
Falo do presente que constato... que me impressiona, arrepia e abomina. A geração rasca desvaneceu e deu lugar a outra geração, esta, ainda mais rasca no sentido literal da palavra. Sou dos aureos anos 80, e hoje, na casa dos vinte vejo a forma como tudo se constroi e tudo se faz... vai-se fazendo ao sabor da Euribor. Adverto que não serei propriamente um guru no assunto o que, pelo o qual, me fará dar alguns pontapés financeiros, contudo, o sentido deste post deve-se ao aproximar de uma época festiva, ou, digamos de forma comercial, consumista, época de perdão, amor, reencontro e... claro está, prendas, não um presente a cheirar a lembrança porque até parece mal, mas sim PRENDAS, daquelas que se arrastam pelo o centro comercial, ocupam a bagageira do carro por completo que olhar pelo o retrovisor servirá apenas para se certificar se o penteado está conforme. .. no entanto, opções que não me estendo a julgá-las. Este periodo anual está no mesmo patamar do Agosto, talvez um pouco acima... a carteira está vazia, a ambição repleta. Num periodo de doze meses apenas dois são vividos por gozo.. os restantes dez? Sobrevive-se à conta do Natal e das férias. Eis que se toca em cheio na ferida, que dá titulo e razão a este desabafo. Num universo de, suponhamos, 100 pessoas... falo por mim e pelos restantes 97 em que não há dinheiro para consumo de grandes sonhos mas há, e sim, um vasto leque de 12 meses sem juros, 6 meses sem juros.. e até com juros quando não nos conseguem facilitar a coisa. Odeio créditos e digo-vos que odeio mesmo... já tenho dois cartões e a cabeça já começa a imaginar como seria suportável um empréstimo, no entanto a sociedade molda-nos, cria-nos necessidades, por vezes inexistentes, que terão que ser saciadas nem que para isso haja um débito directo na conta durante uma porrada de anos e eles, riem-se disso, gostam disso, precisam disso... e acabam por o ter de volta, está no contrato que nem sequer foi lido, apenas falado, mesmo com esta TAEG em que se os poderia acusar de roubo mas... o carro estacionado lá fora com um mês, o plasma da largura da sala, o PDA que me permite organizar a vida e ainda fazer umas quantas chamadas, vale cada percentagem de juro paga. Não censuro de todo, até já tenho dois, custa-me apenas a entender como se faz modo de vida assim, percebo que seja dificil enfrentar certos momentos na vida, não percebo é porque aquele casaco Carolina Herrera não poderá esperar por um momento melhor. Percebo também que 700 € seja insuficiente para pagar rendas, passes sociais, educação e afins... mas ai, o CH não entra nas contas, porque o cartão maravilhoso talvez sirva para pagar a EDP e ainda alguma alimentação do agregado.
Nesta geração basta apresentar BI, NIF, os três últimos recibos de vencimento e talvez um fiador e o mundo é possivel... quando não for, encontramo-nos no Banco de Portugal com mora, mas o que vale é que o plasma fica garantido para ver o Benfica.
O meu VISA é lindo!
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